segunda-feira, 25 de abril de 2011

Sobrenatural



Ontem fui ao cinema assistir o recém-estreado "Sobrenatural" do diretor malaio James Wan. Como sou fã de filmes de terror, queria assistir de qualquer jeito, mesmo sem ter lido direito a sinopse (o que não significa muito, afinal existem sinopses que nem deveriam ser lidas). O problema deste filme foi exatamente esse: Eu deveria ter lido a sinopse! Faz algum tempo que decidi não assistir mais nenhum filme que envolvesse "fatos reais" ou que mostrasse espíritos e essas coisas. Dizem por aí que a vida imita a arte. Eu discordo...a arte tem imitado muito mais a vida, e infelizmente (ou felizmente) os filmes de terror tem imitado muito a realidade. O referido filme conta a história de uma família, que mal acabou de se mudar, já começa a sofrer com fenômenos estranhos na casa nova. Logo após, o filho mais velho do casal, ao sofrer uma queda aparentemente boba, entra em uma espécie de coma. A partir daí é que o filme começa a "pegar fogo". Os fenômenos começam a se materializar em vozes, sombras na janela, coisas se movendo. A família decide então se mudar, mas logo percebem que o problema não é a casa, e sim o filho que está em coma. Com a ajuda de um trio de paranormais, descobrem que o filho herdou do pai a capacidade de sair do corpo enquanto dorme (atividade mais conhecida como viagem astral) e em um desses passeios, acabou se perdendo no além. Os espíritos então começam a disputar para ver quem se poderará do corpo do garoto, a menos que ele consiga achar o caminho de volta. Longe de ser uma revelação do terror atual, cheio de falhas e clichês (que são até perdoáveis algumas vezes), o filme é criativo e nos deixa sempre tensos a espera do próximo susto. Me lembrou muito "Poltergeist" (que é um filme do qual tenho um carinho especial). Mas eu não gostei! Fiquei com medo, e tenho motivos, dos quais explico agora.


O que vai ser relatado aqui não tem intenção de gerar discussões religiosas, e muito menos obrigar quem quer que seja a mudar suas crenças. Trata-se apenas do real motivo de eu não ter gostado desse filme.

Enfim, desde que comecei a me aprofundar no estudo do Espiritismo, muitas coisas se modificaram em minha vida, e uma delas foi a facilidade em identificar a relação dos filmes de terror com aquilo que acontece a nossa volta. A um tempo atrás, tive muita dificuldade para dormir, e não sabia o real motivo. Dentre muitas especulações, cheguei a conclusão de que algo (ou alguém) não me deixava dormir. Isso se comprovou depois que passei a ver algo (ou alguém) em um cantinho entre a porta do meu quarto e meu guarda-roupas. Como a fé que me acompanha não foi capaz de superar o medo na ocasião, passei muitos dias dormindo em outro quarto. Mas como Deus é maior que qualquer perturbação (rsrsrs) criei coragem e enfrentei (não "a coisa", mas o medo). Apesar de dormir "muito bem, obrigada!" ainda sinto um pouco de receio desse canto, e sempre o confiro antes de dormir. A questão é que no filme, em uma fatídica cena que estragou a minha noite, eu vi exatamente a mesma "coisa" no cantinho do quarto do garoto. Pronto! Foi suficiente para eu ter uma taquicardia. A partir daí só vi o restante do filme para não estragar a noite do meu namorado, que estava adorando!


Resultado? Não vim para casa. Pedi "peloamordedeus" ao meu namorado para não me deixar dormir sozinha. Só quem passa por essas coisas é que sabe o quanto é ruim.



Nota: 6,5 (descontei uns pontos por causa do transtorno que me causou. rs)

Se você se identificou com as coisas que escrevi, não recomendo! =)

terça-feira, 19 de abril de 2011

Fausto



Acabei de assistir ao filme "Fausto" do diretor alemão F.W. Murnau (diretor dos maravilhosos "Aurora" e "Nosferatu"). Baseado em uma poesia de Goethe (que por sua vez foi baseada em uma antiga lenda alemã), que demorou praticamente "uma vida inteira" para ser terminada (afinal, Goethe a escreveu de 1775 à 1826). Eu particularmente tenho essa poesia em livro, e digo que a leitura não é a das mais fáceis, mas valeu a pena!! Conta a história de Fausto, um cientista desiludido, que após a devastação causada pela pesta bubônica, perde a fé e faz um pacto com Mefistófeles (uma espécie de enviado do demônio) , que passa a realizar todos os seus sórdidos desejos de poder e fama.

Tudo começa com um diálogo entre um anjo (creio que o Anjo Gabriel) e Mefistófoles.



Anjo: Conhece Fausto?
Mefisto: Um tratante como todos os outros! Prega o bem e faz o mal! Ele procura transformar metal comum em ouro!

Mefisto: Uma aposta! Vou tirar de Deus a alma de Fausto.
Anjo: Se conseguires destruir o que é divino em Fausto, a Terra é tua!
Mefisto: Nenhum homem pode resistir ao mal. A aposta está feita!

O filme é simplesmente fantástico. Rodado em 1926, é um dos filmes mudos mais bacanas que assisti em toda a minha humilde vida! (rs). E olhe que a minha listinha não é pequena! (SPOILER) Uma cena que ficou na minha memória, foi logo após Fausto ter invocado Mefisto na encruzilhada. A imagem dos olhos demoníacos, brilhando no escuro, me deu MUITO MEDO. (SPOILER)Incrível como Murnau (e outros diretores dessa época) com os recursos limitados da época, consegue ser mais assustador do que muito diretor de hoje em dia. Os filmes antigos dão uma "surra" em muito "filmeco" atual.


Nota: 10, com louvor.


RECOMENDO MUITO!

Alternativa (curta)




Assisti a um curta chamado "Alternativa" com direção da carioca Renata Marinho. Não sei porque esse curta foi feito (normalmente acontecem em festivais, trabalhos da faculdade de cinema, por diversão), mas ficou bem bacana. Em pouco menos de 8 minutos, ela mostra as desilusões que o amor causa em 5 personagens, ligados entre si. Tudo porque A ama B que ama C que ama D que ama E que amou A. Uma teia de desencontros, e como ninguém substitui ninguém. "A única alternativa para o amor é a morte." - assim termina tudo.


Nota: 6,5


Recomendo para quem gosta de curta.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Rio - 3D


Sábado fui ao cinema assistir Rio - 3D, com direção do carioca Carlos Saldanha. Apesar de já ter ouvido alguns comentários não muito legais sobre ele, admito que esperava muito mais desse desenho. Divertido? Sim! Engraçado? Sim! Mas não muito. O filme conta a história de um filhotinho de arara azul, que vive no Brasil, e é levado através de contrabando para os EUA. Achado por uma garota, a arara (que passa a se chamar Blu) recebe todo o carinho e amor da nova dona, ficando altamente domesticado. Até que um cientista do Rio de Janeiro pede para levar Blu ao Brasil, pois ele é o último macho da espécie e precisa reproduzir. A partir daí, Blu é capturado por um grupo de contrabandistas, e preso por uma corrente a arara fêmea chamada Jade, tentam fugir. O problema é que Blu não sabe voar. Apesar de ter achado o Blu muito chatinho, o desenho tem muitos pontos positivos. Os personagens secundários roubam todas as cenas. O que era aquele sagui ladrão? hahaha...hilário! E o bulldog Luiz? Simplesmente fantástico. As imagens animadas do Rio de Janeiro parecem fotografias de tão lindas.


Nota: 7,5

RECOMENDO!