sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Terapia de Risco


"Terapia de Risco" (Side Effects) é um filme norte-americano de 2013 dirigido por Steven Soderbergh. Conta a história de Emily Hawkins, uma jovem depressiva, que após tentar suicídio, começa um tratamento com o psiquiatra Jonathan Banks. O marido de Emily acabou de sair da prisão, e com o intuito de melhorar sua vida conjugal, convence o psiquiatra, juntamente com sua antiga terapeuta Victoria Siebert, a receitar um novo antidepressivo que ganhou fama entre pacientes. Acontece que essa droga, apesar de melhorar muito o estado de Emily, faz com que ela se transforme em uma sonâmbula. Numa dessas crises de sonambulismo, Emily acaba esfaqueando o marido. Detida em uma clínica, a polícia e o Dr. Banks tentam descobrir quem é o verdadeiro culpado desse crime."Terapia de Risco" conta com um elenco de peso, que inclui Catherine Zeta-Jones, Jude Law, Channing Tatum e Rooney Mara. 


Com uma trama muito envolvente, o filme te prende e te faz desejar saber o que realmente aconteceu no caso Emily Hawkins. Mas antes disso, vemos todo o caminho da protagonista, abandonada recém-casada, sozinha, tendo de enfrentar as frias visitas ao marido na penitenciária. Um processo que desencadeou um depressão, com picos de uma obsessão pela morte. Você realmente se convence de que, sim, testar uma nova droga que te dá uma "vida feliz" em pouco tempo, seria a melhor opção. 



O problema é que em determinado momento, o filme se perde em meio às revelações aceleradas e sem nexo. É como um balde de água fria, jogado em um projeto que tinha tudo para dar certo. Os personagens mudam de opinião como quem muda de roupas, e isso enfraquece o enredo (testa nossa paciência e inteligência). 

NOTA: 5,5
NÃO RECOMENDO.

TRAILER DO FILME

A Incrível Mulher que Encolheu


Vocês não fazem noção de como estou feliz por assistir esse filme ontem. Como relatei no facebook, eu me lembrava de algumas cenas, mas não conseguia lembrar o nome de jeito nenhum. Foram anos de busca, escrevendo naqueles grupos onde pessoas tentam lembrar nome de filmes e nada. As pessoas já começavam a achar que eu estava inventando esse filme. Até eu já achava que tinha inventado na minha cabeça. Eis que ontem me deparo com ele no Netflix. Pensa na felicidade?

"A Incrível Mulher que Encolheu" (The Incredible Shrinking Woman) é um filme norte-americano de 1981 dirigido por Joel Schumacher. Pat Kramer é uma mãe e esposa exemplar. Casada com Vance, publicitário de produtos diversos, dos quais Pat Kramer testa em casa. A mistura de todos esses produtos faz com que ela começasse cada dia mais a diminuir de tamanho. 






Eu adoro esse filme! Apesar do ano do filme, em poucos momentos você consegue perceber que se trata de uma atriz em cenário aumentado. E como Pat Kramer é sempre simpática! Mesmo diminuindo cada dia mais, continua alegre e tentando dar continuidade a sua vida de forma normal, cozinhando, botando os filhos para dormir. Aliás, cada personagem do filme é um show particular, até os filhos dela.

Apesar das críticas e notas negativas que os sites de filmes atribuíram a ele, eu recomendo. 




quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Se enlouquecer, não se apaixone


E é com esse filme de título horroroso que volto a escrever no meu blog. Não acho que tenha alguma relação entre o filme e o retorno, mas a verdade é que a muito tempo estava ensaiando voltar a escrever por aqui. Havia muito tempo (para ser mais exata um ano) que não sentia vontade de fazer nada, era como se nada me animasse ou divertisse. Bom saber que hoje tive a coragem de modificar isso. Mas, sem delongas (como diz meu noivo), vamos ao que interessa: o filme!


"Se enlouquecer, não se apaixone" é um filme norte-americano de 2011, dirigido por Ryan Fleck e Anna Boden (dos quais nunca ouvi falar). O título original é "It's Kind of a funny History", que no meu péssimo inglês seria algo como "Esta é uma espécie de história engraçada", ou seja, mais um daqueles filmes que têm o título completamente estragado em sua versão original. 



Craig é um adolescente depressivo, com tendências suicidas e completamente aficionado pela namorada de seu melhor amigo. Ele vive com seus pais, dos quais o autor faz questão de estereotipar: sua mãe é sentimental e submissa, seu pai é ocupado e manipulador e sua irmã mais nova é uma espécie de gênio. Tudo isso faz com que Craig viva uma vida pressionada, e sem saber o que fazer, decide se internar em uma clínica psiquiátrica por vontade própria. Lá ele conhece Bobby, Noelle e outros personagens, com os quais aprenderá a conviver. 

O filme fala sobre as dificuldades de administrar os sentimentos adolescentes, a pressão dos pais, os amores não correspondidos e a vontade de largar mão de tudo e simplesmente sumir. Craig passa por muitas situações em que precisa refletir, convive com pessoas realmente doentes e finalmente começa a se compreender. 


O filme é fraco? Sim. Mas algumas coisas precisam ser ressaltadas: 


1. O protagonista Keir Gilchrist ficou muito bem no papel, não entendo como ele fez filmes tão ruins antes desse (Gritos Mortais em 2007 e O Roqueiro em 2009). Espero que o currículo dele melhore depois dessa atuação.

2. Zach Galifianakis é tão tão bacana, né? O personagem dele é um saco, mas ele consegue ser carismático sempre.
3. Fora todas as besteiras do filme (que pais iriam deixar um garoto normal ficar internado em uma clínica psiquiátrica, assim do nada?!), algumas boas frases de efeito podem ser aproveitadas para reflexão (pelo menos para minha reflexão...rsrs).


Enfim, não é nenhuma obra cinematográfica, por isso só recomendo se você realmente se interessou por esse texto. Ou seja, está por sua conta e risco mesmo, não me culpe. :)


Trailer do filme



sábado, 23 de julho de 2011

Cisne Negro


Ontem à noite eu (finalmente) assisti "Cisne Negro" do diretor norte-americano Darren Aronofsky. Dele, eu só conhecia "Réquiem para um sonho", que sinceramente, não me agradou muito. Mas vale tudo para ver a Natalie Portman, afinal ela nunca me decepcionou, por quê decepcionaria logo agora? Fiquei louca para assistir, mas nunca conseguia (seja no cinema, seja na banquinha de dvd pirata, seja na internet). Ouvi rumores de Oscar, mas isso ainda não me garantia um bom filme, afinal, faz um tempo que não concordo com ele. Ontem, depois de quase 1 mês do filme no pc, esperando por uma oportunidade, consegui! O filme conta a história de Nina, uma bailarina que busca a perfeição, mas que tem como maior inimiga a si mesma. Fruto de uma gravidez que interrompeu a carreira de sua mãe, também bailarina, Nina se vê diante de outro conflito: ser aquilo que a mãe não conseguiu ser. Mas a sua grande chance chega, assim que a bailarinha principal da sua companhia se aposenta e ela assume seu posto. Nina agora será a Rainha Cisne, do balé "O Lago dos Cisnes", onde interpretará o Cisne Branco e o Cisne Negro. O problema é que, ao se ver nesse encargo, e ao ser muito pressionada pelo exigente diretor, Nina começa um conflito interno, que a leva a insanidade completa, inclusive acreditando ser perseguida pelas colegas do balé, das quais querem tomar o seu lugar.


Para quem não conhece a história de "O Lago dos Cisnes", lá vai: É um balé dramático composto pelo russo Tchaikovsky, que estreou em 1877 no Teatro Bolshoi. Um mago chamado Rothbart, lança um feitiço e transforma a princesa Odette em um cisne branco, só podendo voltar a forma humana durante a noite. E é assim que o príncipe Siegfried conhece Odette e se apaixona por ela, jurando que iria desfazer o feitiço, que (lógico) só acabaria na presença de um grande amor. A Rainha decide fazer um baile, onde o príncipe irá escolher uma esposa. Mas é claro que o mago Rothbart não deixaria o feitiço de Odette acabar de maneira tão fácil, e vai ao baile acompanhado da feiticeira Odile, ambos com um feitiço que os faziam parecer um nobre cavalheiro e Odette. Após a dança do cisne negro, enfeitiçado, o príncipe proclama que escolheu Odile como esposa, fazendo com que a promessa de amor eterno com Odette seja quebrada, e ela continue na forma de cisne. Destroçada com a dor de perder um amor, Odille se mata.


O filme é simplesmente fantástico! Nos 15 minutos finais, eu estava com a adrenalina tão elevada, que tive de parar o filme uns dois minutos para recuperar o fôlego. Quando acabou, fui dormir ainda hipnotizada. Se o Oscar acertou por esses tempos, garanto que foi com esse filme. Faz tempo que não me sinto tão envolvida com uma história, como essa. Natalie Portman está deslumbrante, sensasional, fantástica!

Nota: 10!

RECOMENDO!

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Três...extremos



"Três....extremos" foi um projeto idealizado e realizado por três famosos diretores asiáticos. O filme conta três histórias distintas, interligadas pela situação extrema a que chegam os seus personagens. Somadas, elas atingem pouco mais de 2 horas, que valem a pena.


A primeira história, intitulada "Box", foi dirigida pelo japonês (e meu ídolo) Takashi Miike. Para quem não o conhece, eu posso atestar sem medo a garantia de qualidade. Demorei quase 2 anos para conseguir um dvd original de "Ichi, the killer" no qual paguei 70 reais. Fora que Takashi Miike fez uma participação especial no filme "O Albergue" de Eli Roth (que teve a "benção" de Quentin Tarantino). Enfim, voltando ao "Box"(rsrsrs...me perco quando falo de algum ídolo), conta a história da morte misteriosa de uma das irmãs gêmeas que faziam apresentações de contorcionismo no circo do padrasto. Sabe o que notei nesse filme do Miike? Ele não usou o exagero habitual (e quem achar o contrário é porque não sabe que quando falo de exagero, é exagero meeeesmo!), e mesmo assim o segmento tem a sua cara. Ou seja, sempre surpreendente.


O segundo filme, intitulado "Dumplings" leva o nome do chinês Fruit Chan, que diferente do Takashi Miike, é muito mais ameno e menos violento. Não é toa que você sente um clima menos tenso em seu filme, já que ele adora filmar o cotidiano das pessoas em Honk Kong. Essa foi a minha primeira experiência com o Fruit Chan, e simplesmente adorei! Este segmento conta a história de Qing, uma mulher que não se sente mais atraente ao marido, e que decide procurar uma senhora chamada Mei, que alega fazer bolinhos que rejuvenessem. Mas a juventude e beleza eterna tem um preço alto e bem bizarro. Foi uma das histórias que mais gostei, e a que mais me chocou. Não foi à toa que esta pequena amostra virou um longa metragem no mesmo ano. Ainda não assisti, mas com certeza irei procurar.


O último filme, intitulado "Cut" é do diretor sul-coreano Park Chan-Wook. Esse direitor, meus leitores, é "o" diretor. Seja lá o que ele tenha feito na vida dele antes ou depois, não importa. O importante é que ele contribuiu para o mundo dos apaixonados por filmes "eu-quero-sangue-espirrando-na-tela", com a "Trilogia do Vingança" composta por "Sympathy for Mr. Vengeance", "Oldboy" e "Lady Vengeance". Mas voltando ao "Cut" (está vendo? perco o foco! rs), conta a história de um cineasta e sua esposa, que se vêem nas mãos de um psicopata, em um jogo sádico. Infelizmente esse segmento foi eleito (por mim) o mais confuso de todos. Eu não entendi o final. Não sei o que o Park Chan-Wook quis dizer. Quem souber, me explica!


Contudo, este filme é altamente recomendado. Meus amigos e amigas que adoram um terror, não deixem de assistí-lo, pois vale a pena. Aos fãs dos diretores citados, digo o mesmo. Aos curiosos, pense bem antes de ver hehehehe.

Nota: 9,0 (culpa do final do 3º segmento)

RECOMENDO!!!





terça-feira, 5 de julho de 2011

My Fair Lady


"My Fair Lady" é um filme-musical de 1964, dirigido pelo estadunidense George Cukor, responsável por uma filmografia de peso, que incluí "E o vento levou", "Núpcias de um escândalo", "Nasce uma estrela", "A Dama das Camélias", "Romeu e Julieta", dentre outros. "My fair Lady" é baseada em uma peça de teatro chamada "Pigmaleão", do teatrólogo George Bernard Shaw. Na mitologia antiga, Pigmaleão é um escultor que se apaixona por uma escultura sua. Já a peça teatral e o filme conta uma história diferente, mas com uma ligação quase imperceptível com a mitologia. No elenco estão nada menos que Audrey Hepburn, Rex Harrison e Jeremy Brett.


Falar que a Audrey Hepburn é fantástica e que qualquer papel em suas mãos se transforma em obra de arte, é ser extremamente repetitiva. Disso todo mundo está cansado de saber. Mas "My fair Lady" tem um lugarzinho especial nos corações dos fãs dessa atriz, por colocar à toda prova a sua capacidade de atuação. Interpretar uma elegante moça é muito mais fácil do que interpretar uma ignorante vendedora de flores, agora imagine interpretar as duas no mesmo filme? E foi com propriedade de quem sabe o que faz, que Audrey Hepburn viveu a grosseira Eliza Doolittle. Suja, mendigando pela cidade de Londres, vende flores para ganhar algumas moedas. Em uma noite chuvosa, ela conhece o arrogante professor Henry Higgins, letrado capaz de identificar onde as pessoas nasceram através do sotaque. Ao ouvir a vendedora de flores falando, ele fica horrorizado com sua ignorância, e comenta com seu amigo Hugh Pickering, que seria capaz de transformá-la em uma dama de grande articulação, em 6 meses. Encantada com tal possibilidade, Eliza decide ir a casa do professor, e propõe pagar as ditas aulas. Mas ele teve uma idéia muito melhor: faz uma aposta com Hugh, e decide transformá-la em uma suposta dama da sociedade, com o intuito de enganar todos os presentes em um baile no Palácio de Buckingham.

Uma comédia divertidíssima que nos ensina diversas lições, dentre elas, que a diferença entre classes é mais uma opção do que um fato. Está na cabeça das pessoas, mais do que no dia a dia real. Fiquei encantada com este filme. As quase 3h de filme nos prende, e quando acaba, ficamos com vontade de muito mais.

Nota: 10,0

RECOMENDO!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Doce Vingança



"Doce vingança", do diretor estadunidense Steven R. Monroe, é uma regravação do filme "A Vingança de Jennifer" do diretor Meir Zarchi, de 1978. Li algumas críticas que falavam muito mal do filme, julgando-o ser machista, irreal, sem motivos e outras coisas do gênero. Não acho que esses sejam motivos para diminuir o filme, e sim para, talvez, engrandecê-lo. Trata-se dos pontos chaves para a trama. "Olho por olho, dente por dente", literalmente. O filme conta a história de Jennifer, uma escritora que se refugia em uma cabana no meio do nada, com o intuito de escrever o seu próximo livro. Acontece que um grupo de malfeitores da região, alegando que esses tipos de moças querem mesmo é "brincar" com os moradores das cidades pequenas, resolvem estuprá-la e humilhá-la até a morte. Só não contavam com a vingança da moça.


Quando lemos no jornal uma reportagem sobre estupro, violência e morte, talvez não nos choquemos tanto, já que palavras são bem diferentes de imagens. E é exatamente o que "A vingança de Jennifer" fez: mostrou. Não que este tenha sido o primeiro filme a tratar sobre o assunto, longe disso, estava na moda essa história de vingança contra malfeitores, e etc. O problema é que o filme choca até hoje. Apesar dos recursos limitados da época, fazendo um comparativo com o filme "recauchutado", eu ainda prefiro o original em alguns pontos. "Doce vingança" não chega a ser de todo ruim, ele apenas deixa a desejar em pequenos detalhes. É muito traumatizante para uma mulher lidar com este filme, já que em geral, somos fragéis e fracas em relação aos homens. Acho que nos realizamos ao ver Jennifer agindo, descontando tudo aquilo que passou. A minha adrenalina subiu, e até me deu vontade de entrar no filme e ajudá-la! rs. Não é exagero não.

Eu gostei e recomendo. Porém recomendo mais ainda que assistam "A Vigança de Jennifer" e comparem. Acho que existem pontos que completam e melhoram em ambos.

Nota: 8,0

RECOMENDO.